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06/MAI

11 dicas imbatíveis sobre o Azeite de Oliva

O azeite de oliva é um ingrediente que costuma ser associado a diversos benefícios para a nossa saúde. Fonte de gorduras saudáveis, ele também possui antioxidantes, propriedades anti-inflamatórias e pode contribuir com a saúde do coração. O ingrediente também já foi associado à diminuição dos riscos de desenvolvimento de diabetes do tipo 2, além de ser dotado de propriedades antibacterianas. Entretanto, para aproveitar as vantagens e os benefícios atribuídos ao ingrediente, precisamos saber selecionar e comprar um produto de qualidade, não é mesmo? No entanto, como escolher um bom azeite de oliva?

 

1. Não ser enganado pelo marketing

 

O conhecimento e a informação podem nos livrar de cair nas armadilhas do marketing. De acordo com o diretor executivo do Olive Center da Universidade da Califórnia, Dan Flynn, algumas marcas podem colocar a nomenclatura “puro” nas embalagens de seus produtos e fazer com que os consumidores achem que isso indica que se trata do melhor azeite de oliva.

 

Porém, na realidade, Flynn explicou que a expressão designa um produto com grau mais baixo e que é o azeite de oliva extra virgem que possui a maior graduação.

 

A versão extra virgem trata-se do azeite de melhor qualidade, enquanto o azeite virgem tem uma qualidade inferior a ele, ainda que seja considerado superior aos óleos de sementes.

 

2. Verificar de onde vem o azeite em questão

 

Uma dica do membro do Olive Oil Taste Panel da Universidade da Califórnia (Painel sobre o Sabor do Azeite de Oliva, tradução livre), Orietta Gianjorio, é a de olhar bem a embalagem para verificar de onde realmente vem o produto em questão.

 

Isso porque o fato de aparecer escrito que ele foi embalado ou produzido na Itália não quer dizer que ele seja italiano, já que os azeites podem sair de diversos lugares como Tunísia, Espanha, Grécia e Turquia e ir até a Itália somente para serem embalados.

 

3. Checar a data de colheita

 

Outro conselho sobre como escolher um bom azeite de oliva é checar a data de colheita na embalagem do produto. Diferente do que acontece com o vinho, o azeite de oliva não deve envelhecer. Orietta Gianjorio aconselhou que os azeites que não fornecem a data de colheita na embalagem não devem ser comprados.

 

O ideal é adquirir um produto cuja data de colheita seja a mais recente possível. O azeite de oliva dura dois anos, desde que seja armazenado em condições ideais, em um armário escuro e com temperatura ambiente.

 

No entanto, mesmo quando o produto é armazenado corretamente, o seu sabor diminui ao longo do tempo, o que faz com que quanto mais distante for a data de colheita, menos sabor o produto terá.


Assim, os azeites brasileiros podem atender otimamente estes dois aspectos, origem e data da colheita, devido à proximidade do nosso mercado consumidor.

 

4. Procurar selos de aprovação na embalagem

 

Uma boa dica de como escolher um bom azeite é também procurar por selos de aprovação de alguma organização associada à produção de azeite de oliva, o que serve como indicativo de que se trata de um produto de qualidade. Geralmente essas associações monitoram a origem e fabricação do produto.

 

5. Evitar os produtos com níveis altos de ácidos graxos livres

 

Recomenda-se prestar atenção neste aspecto argumentando-se que o teor de ácidos graxos livres do azeite de oliva costuma ser um indício da qualidade da fruta utilizada em sua produção. Níveis baixos de ácidos graxos livres não significam necessariamente que o produto seja de boa qualidade, entretanto, níveis altos da substância demonstram que se trata de um azeite de baixa qualidade.

 

Aconselha-se optar por produtos com menos de 10 meq (miliequivalentes)/kg de ácidos graxos livres, expresso em percentual de acidez (%) nos rótulos, e a rejeitar aqueles que não trazem esse tipo de informação em sua embalagem. Acidez acima de 0,8% não pode ser considerado extra virgem.

 

6. Verificar o teor de polifenóis do azeite

 

A vantagem de um azeite de oliva com alto teor de polifenóis é que a substância contribui para a quantidade de antioxidantes que auxiliam a saúde do coração. Ou seja, quanto mais polifenóis um azeite possui, mais saudável ele é. Quando o teor de polifenóis do produto é menor que 300, ele é considerado baixo; já quando é maior do que 500, é considerado alto.

 

Por outro lado, uma quantidade muito elevada do composto pode prejudicar o sabor do azeite: quando o teor de polifenóis passa dos 800, isso pode fazer com que o produto seja um pouco mais amargo e picante, o que é muito procurado pelos mais aficionados pelo bom azeite.

 

7. O aspecto da embalagem

 

O consumidor deve dar preferência para as embalagens com vidro escuro porque a exposição à luz prejudica a qualidade do produto, sendo que a forte luminosidade acelera a sua oxidação.

 

Ainda aconselha-se evitar garrafas com rolha de cortiça, que permitem a entrada de ar no produto, o que é outro fator que prejudica a sua qualidade. O contato de uma substância gordurosa como o azeite de oliva com o ar causa o chamado ranço, que é uma mudança no sabor, deixando o azeite amargo, além de tornar o odor forte.

 

As embalagens de lata nem sempre possuem uma boa vedação para o azeite.

 

8. Cheirar e experimentar

 

É claro que não dá para fazer essa dica passada pela membro do Olive Oil Taste Panel da Universidade da Califórnia (Painel sobre o Sabor do Azeite de Oliva, tradução livre), Orietta Gianjorio, na loja ou supermercado.

 

Porém, ela indica fazer isso assim que chegar em casa. Segundo ela, o ideal é que você não encontre odores indesejáveis descritos por ela como de cera, salame estragado, fralda de neném, meias suadas ou esterco.

 

Se o estabelecimento não aceitar trocar o produto caso você perceba que ele não está bom, já fica a lição de não repetir a compra desse tipo de azeite de oliva.

 

Já se você conseguir comprar em um local que permite experimentar o produto, como é aconselhado, você pode fazer o teste lá mesmo e a sua escolha se tornará bem mais fácil.

 

9. Ir em lojas especializadas

 

Gianjorio também sugeriu encontrar um estabelecimento especializado na venda de azeites de oliva para adquirir o seu produto. A vantagem disso é que, ao contrário do que costumamos ver em supermercados, você pode encontrar atendimento especializado por lá, recebendo ajuda para escolher o seu produto e podendo tirar as suas dúvidas de como escolher um bom azeite de oliva.

 

10. Fique de olho no local de conservação

 

Outro ponto importante ao chegar no estabelecimento onde o azeite será comprado é observar como ele fica guardado. Como já vimos acima, a luz e o calor prejudicam o produto.

 

Logo, se o azeite estiver armazenado em um ambiente quente e luminoso, sua qualidade provavelmente terá sido comprometida.

 

Entretanto, o mesmo cuidado deve ser tomado ao guardar o produto em casa – depois que a garrafa é aberta, o azeite deve ser consumido em até 20 dias para que os seus aromas e sabores sejam preservados. Motivo pelo qual recomenda-se que para o consumo de até três pessoas se prefira embalagem menor, de 250 ml.

 

11. Pense nas suas necessidades

 

Cada tipo de azeite pode ser indicado para diferentes fins: por exemplo, o extra virgem é mais adequado como um condimento, para regar pães, queijos e carnes e é melhor quando é servido não aquecido.

 

Os azeites de oliva extra virgem suaves e médios são melhores para molhos de salada e ingredientes como a muçarela, enquanto a versão robusta do produto combina mais com vegetais com mais sabor como o tomate.

 

Já se o uso do azeite for para cozinhar, aconselha-se a comprar marcas mais baratas, tendo em vista que o produto perde muito de seu sabor quando passa pelo processo de cozimento. Mas, ainda assim, recomenda-se usar a versão extra virgem, argumentando que ela tolera melhor o fogo.

 

Outro ponto levantado que pode determinar como escolher um bom azeite de oliva é o fato do produto ser filtrado ou não filtrado. Nem sempre o azeite filtrado é de maior qualidade e o que deve definir a escolha a partir desse aspecto é a rapidez com a qual o consumidor deseja usar o produto.

 

Os azeites não filtrados podem ter, em alguns casos, um sabor mais forte, porém, eles devem ser usados depressa, já que estragam bem mais rápido do que os produtos filtrados.

 

Assim, para quem precisa de um azeite de oliva que dure mais, a dica é dar preferência à versões filtradas do produto.